De mulher para mulher: cinco livros inspiradores

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O Dia Internacional da Mulher é uma data para relembrar a constante luta feminina pelos seus direitos. O 8 de março também é marcado por celebrar as grandes conquistas já realizadas pelas mulheres ao longo da história. Confira uma seleção de cinco livros da editora Appris, escrito por mulheres, que incentivam o empoderamento feminino em várias áreas:

Relacionamentos: Depois do sucesso do livro “Saúde mental, gênero e dispositivos“, a doutora em psicologia clínica Valeska Zanello produziu a versão de bolso “A prateleira do amor: sobre mulheres, homens e relações”. O modelo tem linguagem não técnica e exemplifica os diferentes modos de amar que mulheres e homens aprendem na nossa cultura. Ele apresenta a metáfora da prateleira, que é marcada por um ideal estético: branco, louro, magro e jovem. Quanto mais distante desse ideal, pior a localização da mulher na prateleira e maior o preterimento afetivo sofrido, por parte dos homens.

Vida profissional: Fruto de uma pesquisa com 42 mulheres executivas, Ana Paula Vitelli escreveu “A mulher (in)visível: vida, trabalho, caminhos e escolhas”. A doutora em Administração de Empresas apresenta novos olhares sobre a presença feminina no mercado de trabalho formal e mostra a pressão sofrida pelas mulheres em posições de gestão nas empresas. A obra aborda também outros contextos – a vida privada, como a mulher se coloca diante das esferas da casa e do trabalho, os desafios que enfrentam e como se posiciona diante desses contextos.

Maternidade: A coletânea “Maternar – gestação, parto e criação de uma nova consciência materna” traz novas nuances sobre o vasto universo que envolve fases da gestação, parto humanizado, direitos da gestante, desenvolvimento do bebê e amamentação. Com organização da editora Sara Coelho, a obra pretende acolher a mãe, apresentando contextos históricos e sociais sobre esse papel.  Ajuda na construção de uma figura materna que, apesar de empoderada, reconhece seus limites, vê em si uma mulher plural, cuja maternidade é uma de suas facetas.

Trabalho doméstico: A partir de um olhar transdisciplinar sobre a exploração do trabalho doméstico, a juíza do trabalho Maria José Rigotti lança o livro “Ouçam Mirtes, Mãe de Miguel. Trabalho doméstico remunerado e desigualdades no Brasil”. A autora aborda também o racismo estrutural e a desigualdade de gênero, tendo Mirtes — mãe do menino que morreu aos cinco anos após cair de um prédio no Recife, em 2020 —, como protagonista de sua narrativa.

Mulheres marcantes na história:  O legado gigante da psiquiatra Nise da Silveira ganha nova voz na biografia homônima da educadora e doutora em História pela Universidade de Brasília (UnB) Patricia Lessa. Voltado para crianças e jovens, o livro “Nise da Silveira” tem ilustrações da artista e pesquisadora Jéssica Fiorini Romero. A obra marca a estreia da coleção “Lute como uma garota”, na editora Appris, que vai homenagear mulheres importantes na história do Brasil. Única mulher a se formar em Medicina na sua turma de mais de 150 homens, Nise foi uma das primeiras a exercer a profissão no Brasil, entre os anos de 1921 e 1926.