Obra sobre psicanalista Hélio Pellegrino vence Prêmio Jabuti Acadêmico

A psicanalista Larissa Leão de Castro está entre os vencedores da 2ª edição do Prêmio Jabuti Acadêmico, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), na categoria Psicologia e Psicanálise. A conquista foi com a obra “Hélio Pellegrino: Por uma Psicanálise Política”, publicada pela Editora Appris. Com análise de documentos inéditos, a obra inova ao mostrar a relação entre clínica e autoritarismo, resgatando o legado de Pellegrino em defesa da democracia.
No livro, a autora propõe uma visão da psicanálise que ultrapassa os limites clínicos, destacando seu papel ativo na denúncia das injustiças sociais e na construção de um projeto coletivo de sociedade. A obra desvenda o arquivo inexplorado de Hélio Pellegrino (1924-1988), revelando manuscritos, cartas e ensaios psicanalíticos. E explora documentos da Fundação Casa de Rui Barbosa que expõem a luta do criador da primeira Clínica Social de Psicanálise do Brasil – um marco na democratização do acesso à saúde mental.
Larissa investiga o legado teórico, ético e político de Hélio Pellegrino, uma das figuras mais importantes da psicanálise brasileira no século XX e da quarta geração do freudismo internacional. Para ela, o livro resgata o valor de sua obra injustamente recalcada e ajuda a compreender por que Pellegrino continua sendo um dos pensadores mais atuais da psicanálise no país. “Sua síntese entre marxismo, teologia da libertação e psicanálise oferece respostas importantes à crise do capitalismo global e aos sintomas sociais resultantes de seu pacto perverso”, afirma. Patrono da Psicanálise Brasileira Socialmente Compromissada, por 36 anos silenciado, recobra agora o seu lugar nas manhãs de sol de cada um de nós.
A obra propõe reconstruir criticamente a trajetória intelectual de Pellegrino. E destaca a atualidade de seu pensamento, ainda não sistematizado na literatura científica, mostrando como sua abordagem psicanalítica incorpora um forte compromisso social e democrático.
Pellegrino é apresentado como referência fundamental de uma psicanálise engajada, que articula clínica, ética e política em defesa da humanidade, da democracia e da justiça social. Seu pensamento ganha destaque por colocar a transformação das estruturas sociais no centro da prática psicanalítica, revelando o potencial da psicanálise como instrumento de resistência frente às desigualdades e à lógica excludente do capitalismo global.
Sobre a autora: Psicanalista e psicóloga, doutora em psicologia clínica e cultura. Foi professora na área da psicologia social e psicanálise na Universidade Federal de Goiás – Regional Jataí (UFG-REJ). Pesquisa principalmente sobre subjetividade, cultura, psicanálise, educação, violência, fundamentos teóricos e projetos políticos de sociedade.
Sobre a editora: O Grupo Editorial Appris conta com cinco selos editoriais, das mais diversas áreas técnicas, científicas e literárias. Com 14 anos no setor e a experiência de seus editores, que atuam há mais de 35 anos no mercado editorial, a Appris possui um catálogo com mais de 12 mil obras publicadas e que continua a crescer com uma média de 70 lançamentos por mês.
Livro de pesquisadora catarinense sobre leitura no sistema prisional é entregue ao Papa no Vaticano

O Vaticano é palco de um momento representativo na valorização da leitura como ferramenta de ressocialização e humanização nos presídios. No dia 1º de julho, o livro Leitura e cárcere: (entre) linhas e grades, o leitor preso e a remição de pena” (editora Appris), da professora e pesquisadora Rossaly Beatriz Chioquetta Lorenset, foi entregue pessoalmente ao Papa Leão XIV em uma audiência exclusiva pelo arcebispo de Chapecó (SC) e presidente da CNBB Regional Sul 4, Dom Odelir José Magri.
Além da obra, o pontífice também recebeu três cartas com 58 assinaturas de detentos do Presídio Regional de Xanxerê (SC), uma de cada galeria. Na mensagem, os detentos expressam a esperança de que o Sumo Pontífice dê continuidade ao legado do Papa Francisco, pregando a paz e levando luz onde há escuridão, especialmente aos presos e marginalizados. E também destacam a importância da leitura no ambiente prisional e o papel fundamental da Pastoral Carcerária.
O livro “Leitura e cárcere” conduz à reflexão sobre desigualdade social, funcionamento dos sistemas de segurança e de justiça, condições dos espaços de privação de liberdade e fins e justificativas da pena. E conta a impactante experiência da professora de Língua Portuguesa, Rossaly, durante entrevistas com presos em projeto de extensão de leitura que coordenou durante cinco anos no curso de Direito da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc Xanxerê).
Para a autora, a entrega do livro e das cartas dos presos representam um “momento de kairós (na Bíblia, é associado ao momento da graça de Deus, refere-se ao tempo da experiência significativa, viver algo de forma intensa e marcante, no momento oportuno) não só para ela, mas também para a Igreja e para os presos”. “Palavras são insuficientes para expressar a emoção desta bênção no Ano Jubilar em que a Igreja nos chama a sermos Peregrinos da Esperança. Para o livro chegar às mãos do Papa Leão XIV percorreu um caminho cheio de esperança e de amor, que se estendeu de mão em mão, até ser concretizado. A narrativa de “Leitura e cárcere” está enraizada na vivência, e possivelmente aí está sua força e potência. As palavras, para além de comunicar, convidam à reflexão e à quebra de paradigma”, acrescenta Rossaly, que é facilitadora de Justiça Restaurativa.
Sobre a autora: Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e mestra em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). Graduada em Letras Português-Inglês e respectivas Literaturas pela Facepal (Palmas-PR) e em Língua e Literatura Espanhola pela Unoesc. É pesquisadora e professora de Língua Portuguesa na Universidade do Oeste de Santa Catarina e do Colégio La Salle, ambos em Xanxerê (SC). É autora também do livro “Língua e Direito: uma relação de nunca acabar”.
Sobre a editora: O Grupo Editorial Appris conta com cinco selos editoriais, das mais diversas áreas técnicas, científicas e literárias. Com 14 anos no setor e a experiência de seus editores, que atuam há mais de 35 anos no mercado editorial, a Appris possui um catálogo com mais de 12 mil obras publicadas e que continua a crescer com uma média de 70 lançamentos por mês.
Como empreender no novo mercado digital

O Brasil lidera o ranking no mundo em permanência na internet, atrás apenas da África do Sul, de acordo com pesquisa da DataReportal. No entanto, o país apresenta uma grande lacuna entre o uso pessoal da tecnologia e sua aplicação nas empresas. E combinar gestão estratégica ao mercado que cresce veloz em inovações tecnológicas é um dos grandes desafios do cenário atual nos negócios. Novo livro de Mozart Marin, engenheiro de dados, Inteligência Artificial e Software, “O executivo empreendedor” (editora Appris) é um guia prático com essas e outras reflexões, além de oportunidades para tornar as corporações mais inovadoras e conectadas ao digital.
O autor compartilha sua própria experiência profissional, com insights para líderes, executivos e empreendedores potencializarem suas trajetórias. “Em um cenário de sociedade fluida e mercado hiper conectado, forneço um mapa para aqueles que desejam navegar nesse novo ambiente de negócios, seja desenvolvendo habilidades empreendedoras ou incorporando competências executivas”, diz Marin, que tem mais de 20 anos de experiência no mercado de tecnologia e inovação.